Ele argumentou que a falta de correção promovida durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro fez com que trabalhadores que não deveriam ser tributados pela renda passaram a pagar o Imposto de Renda, gerando uma injustiça fiscal. Haddad lembrou que, nesse período, apenas aqueles que receavam até R$ 1.903 estavam isentos, o que representa uma defasagem significativa de mais de 36% segundo cálculos da categoria dos auditores-fiscais da Receita Federal.
Diante desse cenário, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começou a implementar mudanças. Em 2024, a faixa de isenção foi elevada para R$ 2.824 e, posteriormente, para R$ 3.036. Atualmente, uma nova proposta tramita no Congresso, buscando ampliar essa isenção para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, beneficiando um total estimado em 25 milhões de brasileiros.
Haddad ressaltou que essa medida não apenas facilita a vida de muitos trabalhadores, mas também possui um caráter fiscal neutro, com a intenção de cobrar impostos de apenas 141 mil indivíduos que anualmente recebem mais de R$ 1 milhão. Isso, segundo ele, representa uma tentativa de realizar uma “justiça tributária”, onde os que estão no topo da pirâmide contribuam para aliviar a carga dos mais necessitados.
Além das reformas no Imposto de Renda, Haddad também anunciou que o governo prepara um conjunto de iniciativas para facilitar o acesso ao crédito habitacional, especialmente para trabalhadores com baixa renda e classe média. A proposta envolve a utilização de recursos da poupança para oferecer financiamentos mais acessíveis, possibilitando que mais brasileiros realizem o sonho da casa própria.
Com essas medidas, o ministro vislumbra não apenas um fortalecimento da renda das famílias, mas também um estímulo ao consumo interno, que é vital para a recuperação econômica do país. Ao finalizar sua participação no evento, Haddad reafirmou o compromisso do governo em buscar soluções que promovam a justiça social e o desenvolvimento econômico, ressaltando a importância da inclusão fiscal e do aumento do acesso ao crédito habitacional.