Haddad ressaltou a importância de preparar essa conversa, e destacou que a reciprocidade mencionada por Trump é real. Ele acredita que as conversas entre os líderes poderão fortalecer os laços entre Brasil e EUA, fundamentais para a diplomacia e comércio entre as nações. O ministro também comentou sobre uma reunião agendada com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, embora ainda não tenha sido marcada uma data específica.
De acordo com Haddad, essa discussão com Bessent é crucial não apenas para preparar o encontro entre Lula e Trump, mas também para tratar de questões econômicas e comerciais que têm impacto direto nas relações bilaterais. Ele destacou que o Brasil permanece engajado nas negociações e que as tensões políticas não devem interferir nas relações comerciais. Haddad mencionou que a reunião pode contribuir para o esclarecimento de pontos relevantes, incluindo a polêmica tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky, uma legislação controvertida utilizada pelos EUA para impor sanções a autoridades estrangeiras.
Ele fez questão de sublinhar que a reunião é uma oportunidade para lidar com a desinformação que circula sobre o sistema judiciário brasileiro, especialmente em um momento em que as relações entre Brasil e Estados Unidos estão sob escrutínio. Haddad também se referiu à disposição das partes para discutir temas sensíveis de forma clara e produtiva.
Mais cedo, na Casa Branca, Trump havia declarado que Lula poderia entrar em contato sempre que quisesse e expressou seu apreço pelo povo brasileiro, embora tenha criticado os que estão à frente do país atualmente. Essas declarações, somadas à expectativa de um futuro diálogo, podem sinalizar uma nova fase nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com foco na diplomacia e no comércio.