ECONOMIA – Haddad afirma que diálogo com líderes do Legislativo dá segurança para cumprir metas fiscais e implementar soluções estruturais a longo prazo.



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou otimismo quanto ao progresso nas negociações para encontrar uma solução estrutural que assegure o cumprimento das metas fiscais para 2025 e anos subsequentes. Durante sua chegada ao ministério, Haddad mencionou que as conversas com Hugo Motta, presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado, ocorreram ao longo do último fim de semana e deixaram a equipe econômica “muito confortável” sobre o futuro das finanças públicas.

As falas do ministro vêm em um momento em que o mercado expressa preocupações em relação ao recente aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que afetam créditos para empresas e operações cambiais, dentre outros. Haddad afirmou que o governo não busca medidas paliativas, mas sim soluções que possam garantir estabilidade e segurança fiscal a longo prazo, tanto para o atual governo quanto para futuros mandatos.

Ele elogiou a receptividade dos presidentes das duas casas legislativas e destacou a importância de uma abordagem colaborativa para tratar questões estruturais. Segundo Haddad, tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto os líderes legislativos reconhecem a urgência de avançar nas discussões antes da próxima viagem de Lula à França.

O ministro revelou que a equipe econômica já possui clareza sobre os temas a serem tratados e ressaltou a intenção de apresentar um conjunto de medidas concretas para discussão com os presidentes do Legislativo. Haddad expressou a expectativa de que as deliberações ocorram rapidamente, pois “ninguém está aqui querendo postergar”.

Ele enfatizou a necessidade de se adotar soluções estruturais, e não meramente ad hoc, e apontou que uma convergência em torno de 70% a 90% das pautas discutidas pode levar a um cenário fiscal mais sustentável. Haddad reafirmou que é fundamental que a Fazenda continue a liderar o debate sobre essas questões cruciais, evitando a acomodação que pode dificultar avanços.

Além disso, o ministro abordou a correção de “benefícios fiscais injustificados”, que, segundo projeções da Receita Federal, alcançarão a cifra de R$ 800 bilhões em gastos tributários. Ele ressaltou a transparência do governo em divulgar essas informações e a importância de um planejamento fiscal a médio e longo prazo que não dependa constantemente de atos normativos pontuais.

Recentemente, o governo decidiu resgatar R$ 1,4 bilhão de fundos para compensar a revogação de dois pontos do decreto que aumentou o IOF, que agora busca arrecadar R$ 19,1 bilhões, em vez dos inicialmente previstos R$ 20,5 bilhões. Haddad, embora admitindo uma redução na arrecadação, acredita que a reavaliação trará impactos mais modestos do que o estimado, representando R$ 1,4 bilhão neste ano e R$ 2,8 bilhões em 2026.

Dessa forma, o país segue em busca de um equilíbrio fiscal sólido, que permita um futuro mais promissor, sem depender apenas de medidas emergenciais e de curto prazo.

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