O Brasil sempre priorizou a desburocratização do acesso dos países do Sul Global a esses fundos. Atualmente, quatro dispositivos multilaterais financiam a maioria dos projetos de combate às mudanças climáticas: o Fundo Verde para o Clima, o Fundo de Investimento Climático, o Fundo de Adaptação e o Fundo Global para o Meio Ambiente. No entanto, os critérios para obtenção de recursos desses fundos são considerados burocráticos e desafiadores pela maioria dos países do Sul Global.
Para Ivan Oliveira, coordenador do grupo e subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, a agenda de reforma da arquitetura financeira climática discutida no âmbito do G20 é uma conquista importante. Ele destacou o potencial de destravar o sistema para que os recursos alocados nesses fundos possam chegar aos países necessitados de forma mais rápida e eficiente.
O Grupo de Trabalho Finanças Sustentáveis foi estabelecido com o objetivo de promover finanças sustentáveis como meio de assegurar o crescimento e a estabilidade globais, buscando transições para sociedades mais verdes, resilientes e inclusivas. Durante as reuniões, foram identificadas barreiras institucionais e de mercado para essas finanças.
Ao final dos trabalhos, o GT avançou nas quatro áreas prioritárias propostas pela presidência brasileira, como facilitação de acesso aos fundos verdes, princípios para uma transição justa, reportes de sustentabilidade e instrumentos financeiros para as soluções baseadas em natureza.
A próxima reunião dos Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 está marcada para Washington DC, nos Estados Unidos, durante os Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, em outubro. A participação ativa do Brasil nesse processo reflete o compromisso do país com a agenda global de finanças sustentáveis e a luta contra as mudanças climáticas.