A situação se agravou quando a FUP anunciou que os petroleiros da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco também aderiram à greve, elevando para nove o total de refinarias que estão em greve. Anteontem, o número era de 24 plataformas e oito refinarias. O panorama monitorado pela FUP indica que a adesão abrange:
– 9 refinarias
– 28 plataformas
– 13 unidades da Transpetro, a subsidiária de transporte da Petrobras
– 4 termelétricas
– 2 usinas de biodiesel
– Campos de produção terrestre na Bahia
– Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB)
– Estação de Compressão de Paulínia (TBG)
– Sede administrativa em Natal
A greve, que teve início na segunda-feira (15), apresenta uma série de reivindicações dos trabalhadores, entre elas melhorias no plano de cargos e salários, soluções para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que é o fundo de pensão da categoria, e a defesa de uma pauta que busca manter a Petrobras como uma empresa pública, priorizando um modelo de negócio que fortaleça a estatal.
Em resposta à greve, a Petrobras divulgou uma nota à mídia informando que suas equipes de contingência estão mobilizadas para garantir a continuidade das operações, assegurando que não houve impacto na produção e que o abastecimento ao mercado permanece inalterado. A empresa também reiterou que respeita o direito à manifestação dos trabalhadores e se mantém aberta ao diálogo com as entidades sindicais.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que regula o setor, enfatiza que a Petrobras, sozinha ou em parceria com outras empresas, é responsável por cerca de 90% do petróleo e gás natural produzidos no país, destacando a importância da estatal na matriz energética nacional.
