ECONOMIA – Governo suspende operações de empresas de apostas sem autorização para funcionar no Brasil a partir de 1º de outubro.

A partir de 1º de outubro, as empresas de apostas de quota fixa, conhecidas como bets, que ainda não solicitaram autorização para operar no país terão suas operações suspensas. A suspensão permanecerá em vigor até que a empresa solicite a permissão necessária à Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e esta conceda a autorização. A medida, anunciada por meio de uma portaria do Ministério da Fazenda publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (17), visa regularizar o setor de apostas eletrônicas e combater problemas como a dependência psicológica gerada por jogos de azar.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância da regulamentação das apostas eletrônicas diante do grave problema social representado pela dependência psicológica em jogos de azar. Haddad ressaltou que a regulamentação busca garantir que as apostas sejam tratadas como entretenimento e que a dependência seja combatida pelo Estado.

Além disso, o Ministério da Fazenda pretende analisar minuciosamente o impacto do endividamento dos jogadores no contexto econômico, o uso do cartão de crédito para pagar apostas, a publicidade envolvendo artistas e influenciadores digitais, e o patrocínio de empresas de apostas. O objetivo é enfrentar de forma adequada os problemas decorrentes da proliferação descontrolada das apostas eletrônicas no país.

O Secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, justificou a suspensão das empresas de apostas que não solicitaram autorização como um método temporário para separar as empresas sérias das que atuam de forma criminosa, especialmente após recentes operações policiais envolvendo o mercado de apostas. Dudena enfatizou a importância de proteger a saúde mental, financeira e física dos apostadores, coibindo a atuação de empresas que utilizam as apostas esportivas e jogos online para cometer fraudes e lavagem de dinheiro.

Até o momento, foram registrados 113 pedidos de outorga na primeira fase de licenciamento, que custa R$ 30 milhões por licença. Com isso, o governo teria à disposição cerca de R$ 3,3 bilhões no próximo ano. A partir de janeiro, as casas de apostas autorizadas que pagarem a outorga poderão operar até três marcas por um período de cinco anos, conforme estabelecido pela regulamentação.

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