De acordo com as informações apresentadas, mesmo com a redução no valor destinado ao Auxílio Gás, a previsão é de que o número de famílias atendidas aumente de 5,5 milhões para 6 milhões. Uma das mudanças propostas pelo governo é a forma como o auxílio será concedido, passando a ser oferecido às revendedoras de gás em forma de descontos, que serão posteriormente compensados pela Caixa Econômica Federal.
No entanto, especialistas têm levantado críticas em relação a essa proposta, principalmente pelo fato de que os subsídios do programa estariam fora do Orçamento Federal e do limite de gastos imposto pelo novo arcabouço fiscal. Isso poderia gerar questionamentos por parte do Tribunal de Contas da União (TCU).
Mesmo diante das críticas, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, defendeu a proposta afirmando que as mudanças no Auxílio Gás não comprometerão a revisão de despesas obrigatórias previstas, que giram em torno de R$ 26 bilhões. Ele ressaltou a importância de manter o equilíbrio entre despesas e receitas, mesmo com a alteração na destinação dos recursos.
Por fim, o secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, destacou que o impacto do programa nas contas do governo será compensado dentro dos limites de gastos e da meta de déficit primário do arcabouço fiscal. Ele ressaltou a necessidade de ajustes futuros caso haja abertura de mão de receitas, visando manter a sustentabilidade fiscal do país.
