A divulgação desta iniciativa ocorreu em um momento significativo, durante a recente inauguração da Usina Termelétrica GNA II, localizada no Porto do Açu, em São João da Barra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sublinhou a urgência e a relevância dessa medida durante seu discurso. Ele enfatizou que não é aceitável que as famílias brasileiras enfrentem preços exorbitantes pelo gás, que podem chegar a até R$ 140, quando a Petrobras consegue produzir o botijão de 13 quilos por um custo de aproximadamente R$ 37. O presidente destacou a necessidade de acabar com essa disparidade, que beneficia poucos às custas do sofrimento da maioria. “Vamos garantir que 17 milhões de famílias mais pobres tenham o gás de graça para poder cozinhar seu feijão e o seu arroz”, afirmou Lula.
O programa “Gás para Todos” não apenas visa ao alívio financeiro das famílias afetadas, mas também reflete um compromisso do governo em combater a pobreza energética, um problema que ainda aflige milhões de brasileiros. Dados recentes indicam que, em agosto de 2024, o Brasil ainda estava no Mapa da Fome, segundo as Nações Unidas. O governo chegou a projetar que o número de famílias beneficiadas poderia ultrapassar 20 milhões até o final de 2025.
Além do impacto social, a iniciativa também busca promover a saúde pública ao incentivar a substituição do uso de lenha por gás, uma fonte de energia mais limpa. Isso é crucial para a proteção de grupos vulneráveis, como mulheres e crianças, que sofrem com a exposição à fumaça tóxica. De acordo com o MME, essa política pública representa um esforço integrado para melhorar a qualidade de vida das populações mais carentes, assegurando que elas tenham acesso a uma forma mais segura e econômica de cozinhar.