ECONOMIA – Governo garante cumprimento da meta fiscal em 2024 com esforço no segundo semestre, afirma ministro da Fazenda.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em uma participação por videoconferência em um evento promovido pelo Banco Santander nesta terça-feira (27) que o esforço feito pelo governo no segundo semestre possibilitará o cumprimento da meta fiscal estabelecida para 2024. A equipe econômica está conseguindo superar os desafios para reequilibrar as contas públicas, contando com o auxílio do novo arcabouço fiscal implementado.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 determinou uma meta de resultado primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Com base nos cálculos mais recentes do governo, isso resultaria em um déficit de até R$ 28,8 bilhões para este ano.

Para garantir o cumprimento do limite inferior da meta, em julho o governo congelou R$ 15 bilhões do Orçamento. A equipe econômica acredita que essa meta poderá ser alcançada com o “empoçamento” de gastos vinculados que não foram executados, como emendas impositivas.

Haddad mencionou que, apesar do otimismo com relação ao cumprimento da meta fiscal em 2024, ainda existem desafios a serem enfrentados. O ministro citou como exemplo os gastos bilionários sem fontes de compensação, como o aumento de tributos ou cortes em outras despesas.

Além disso, Haddad destacou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), aprovado em 2020, como uma das novas despesas que geraram desafios no orçamento. O ministro ressaltou que o novo Fundeb aumentou os aportes da União, sem aprovarem uma fonte para isso, o que impactará as finanças nos próximos anos.

O governo enviará ao Congresso na sexta-feira (30) o projeto de lei do Orçamento de 2025. Haddad enfatizou que o texto trará mais segurança em comparação com propostas anteriores, pois o pagamento de precatórios atrasados foi quitado em 2024 e o Orçamento do próximo ano não terá receitas extraordinárias, como a tributação de fundos exclusivos e offshores, que inflaram as receitas em 2024. Haddad afirmou que a proposta orçamentária de 2025 é mais equilibrada e transmite mais conforto em relação à do ano anterior, proporcionando uma maior segurança para a gestão financeira.

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