O balanço, divulgado no final de dezembro, revela que o governo atendeu a 4.137.951 reclamações de beneficiários que apresentaram contestações sobre esses descontos. No total, foram registradas 6.362.898 solicitações relacionadas a descontos considerados indevidos. Dessas, mais de 6,2 milhões foram feitas por pessoas que não reconheceram as deduções, enquanto apenas 131.522 solicitaram o ressarcimento com a devida autorização.
Além disso, 44 entidades foram convocadas a fornecer esclarecimentos sobre os descontos. Dentre os pedidos apurados, as associações conseguiram responder apenas 1.592.421, o que demonstra a complexidade e a abrangência do problema.
As formas de contestação foram diversificadas, com os beneficiários utilizando predominantemente o portal e aplicativo Meu INSS, que concentrou 54,1% das solicitações. A central telefônica 135 e os agendamentos nas agências dos Correios também foram opções acessíveis para os usuários. De acordo com as estatísticas, os Correios realizaram mais de 2 milhões de atendimentos, refletindo a busca ativa dos beneficiários por informações e restituições.
O prazo para contestação foi estendido até 14 de fevereiro de 2026, permitindo que aqueles que ainda não solicitaram o ressarcimento possam fazê-lo sem a necessidade de recorrer à Justiça. Os descontos indevidos foram suspensos em 23 de abril, após investigações que revelaram um esquema fraudulento prejudicando milhões de beneficiários em todo o Brasil.
Com um grande número de pessoas afetadas, a situação permanece sob análise das autoridades. As investigações estão ativas, incluindo a atuação de Comissões Parlamentares que buscam entender a magnitude das fraudes e responsabilizar os envolvidos. A recomendação é que os beneficiários que não tenham contestado ainda busquem fazer isso o quanto antes, utilizando os canais disponíveis para garantir seus direitos.







