Em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que o Brasil enfrenta um momento inédito, sendo alvo de sanções por manter uma postura democrática em comparação ao seu agressor. Ele destacou a peculiaridade do cenário: um país que não adota práticas de repressão, como a perseguição de opositores políticos, jornalistas ou instituições acadêmicas, se vê diante de retaliações que considera injustificáveis, tanto do ponto de vista político quanto econômico.
Haddad expressou confiança na capacidade do Brasil de enfrentar e superar essa crise imposta de fora, reiterando que é uma situação que se agrava com o apoio de setores radicais dentro do próprio país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma entrevista, ressaltou que as pequenas empresas e os produtos perecíveis terão prioridade no apoio do governo. Lula enfatizou que é fundamental direcionar assistência às pequenas companhias, principalmente aquelas que atuam na exportação de itens como espinafre, frutas e outros. Ele afirmou que as grandes empresas costumam ter mais capacidade de resistir a choques econômicos, tornando esse suporte crucial para as menoras.
Além de oferecer crédito, o pacote de medidas busca não apenas preservar empregos, mas também expandir alternativas de mercado para os setores afetados. O governo pretende auxiliar os trabalhadores inseridos nessas empresas e está mobilizando esforços para encontrar novos mercados, inclusive enviando listas de empresas que anteriormente vendiam para os EUA a outros países.
O financiamento virá por meio de um crédito extraordinário ao Orçamento, modalidade que permite acesso a recursos em situações emergenciais e que já foi utilizada anteriormente, como no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. As medidas representam uma resposta do governo à grave crise gerada pelas tarifas, reafirmando seu compromisso de não deixar ninguém para trás nessa adversidade econômica.