Essas três linhas, que juntas transportam mais de 17 milhões de pessoas por mês, desempenham um papel fundamental no sistema de transporte público da região. A Linha 11 conecta a região central de São Paulo à zona leste, passando por Poá e chegando a Mogi das Cruzes. Enquanto isso, a Linha 12 percorre um trajeto semelhante, passando por Itaquaquecetuba até Poá. Já a Linha 13 liga a área central da capital ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Uma das propostas do governo é a expansão da Linha Jade, com a construção de dez novas estações, além da requalificação da infraestrutura existente. No entanto, é importante destacar que existem pendências e desafios a serem superados no processo de privatização das linhas.
Um exemplo disso são as obras de readequação e ampliação do sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, que ainda não foram concluídas e estão paralisadas, de acordo com informações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). O contrato para essas melhorias, firmado em 2012 com a empresa alemã Siemens, apresentou diversos aditamentos ao longo dos anos, totalizando um valor pago de R$ 149,4 milhões.
Além disso, a experiência anterior de privatização das linhas 8 e 9 da CPTM gerou polêmica devido a falhas operacionais no início da concessão. O Ministério Público abriu uma investigação sobre o funcionamento dessas linhas, que resultou em um Termo de Ajustamento de Conduta assinado com a empresa responsável, a ViaMobilidade, para promover melhorias e pagar uma indenização de R$ 150 milhões.
Com esses desafios e pendências em mente, a privatização das linhas 11, 12 e 13 da CPTM representa um passo importante para a modernização do sistema de transporte público de São Paulo. A participação da sociedade nas audiências públicas é essencial para garantir que os interesses dos usuários sejam levados em consideração durante todo o processo de concessão.
