O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, o que torna crucial a postura do governo brasileiro diante dessa taxação. Haddad ressaltou que o país espera a decisão oficial dos Estados Unidos para então definir as medidas a serem tomadas em relação a esse aumento dos custos para exportar esses produtos para o mercado norte-americano.
Surgiu a questão de uma possível retaliação por parte do governo brasileiro, principalmente em relação às grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”. No entanto, Haddad deixou claro que qualquer decisão nesse sentido será tomada somente após a orientação do presidente.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre a questão, ressaltando o direito do Brasil de usar a reciprocidade caso haja aumento na taxação de produtos brasileiros pelos EUA. Lula destacou a importância de uma relação de igualdade nesse sentido.
É importante lembrar que no primeiro mandato do presidente Trump, já foram impostas tarifas sobre o aço e o alumínio, com exceções concedidas a alguns parceiros comerciais, incluindo o Brasil. No entanto, a decisão atual de taxar as importações desses materiais coloca o país em uma posição delicada em relação às relações comerciais com os Estados Unidos.
Os números revelam a importância desse mercado para o Brasil, tanto em relação ao fornecimento de aço como ao destino das exportações. Os dados apontam que os EUA foram o principal comprador do aço brasileiro em 2023, representando quase metade de todas as exportações do produto.
Diante desse cenário, o governo brasileiro aguarda com cautela as próximas decisões dos Estados Unidos e se prepara para tomar as medidas necessárias para proteger os interesses do país nesse contexto comercial tão importante.
