ECONOMIA – Governo anuncia pacote de corte de gastos obrigatórios para os próximos anos, com economia estimada em R$ 70 bilhões.



Ontem, quarta-feira, dia 27, o governo anunciou um pacote de cortes de gastos públicos visando conter a explosão de despesas prevista para os próximos anos. O objetivo é garantir a continuidade do arcabouço fiscal estabelecido desde o ano passado. De acordo com a equipe econômica, a economia gerada com essas medidas será de aproximadamente R$ 70 bilhões em dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026.

Os detalhes do pacote foram apresentados hoje, 28, pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Casa Civil, Rui Costa. Dentre as principais propostas de contenção de gastos estão a redução do abono salarial a médio prazo e a imposição de um limite no reajuste do salário mínimo. Para minimizar o impacto dos cortes sobre a população de baixa renda, o governo planeja elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, em troca da aplicação de uma alíquota efetiva de 10% para aqueles com rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.

Além disso, o pacote inclui medidas como a reforma na previdência dos militares, a limitação na concessão de benefícios fiscais em períodos de déficit público, o controle do crescimento das emendas parlamentares e a criação de uma alíquota adicional para os mais ricos. As mudanças no Imposto de Renda, por exemplo, não devem impactar as contas públicas e antecipam a segunda etapa da reforma tributária.

Outras medidas abordam a isenção de IR por problemas de saúde, a alteração na correção do abono salarial, as modificações na previdência dos militares, a limitação dos supersalários no serviço público, o endurecimento dos critérios para o acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada, entre outras ações.

Essas medidas traçadas pelo governo buscam equilibrar as contas públicas e promover um ajuste fiscal que possibilite a manutenção do crescimento econômico e a sustentabilidade das políticas públicas nos próximos anos. O pacote de cortes de gastos obrigatórios reflete a necessidade de responsabilidade fiscal e o compromisso em garantir a estabilidade econômica do país.

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