ECONOMIA – Gol e Azul rompem acordo de compartilhamento de voos após críticas do Cade sobre cooperação no mercado aéreo brasileiro.

A Gol Linhas Aéreas, por meio de sua holding controladora, Abras Group, anunciou a rescisão do acordo de compartilhamento de voos com a Azul Linhas Aéreas, uma iniciativa que foi firmada em maio de 2024. Esta decisão vem após intensas críticas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início de setembro, que levou a companhia a reavaliar a parceria.

O Cade expressou preocupações sobre a cooperação proposta entre as duas empresas, considerando como isso poderia impactar a conectividade no mercado interno. Como parte do processo, o órgão regulador solicitou informações adicionais que esclarecessem as dinâmicas envolvidas no acordo.

Na noite de 25 de setembro, a Gol comunicou ao mercado e seus acionistas sobre a decisão de rescindir o acordo, enfatizando que a colaboração visava estabelecer um sistema de codeshare para aprimorar a interconexão das malhas aéreas das companhias no Brasil. Contudo, o avanço nas discussões sobre a parceria revelou-se insatisfatório, de acordo com a declaração oficial da Abras Group.

No documento emitido, a Abras expressou sua disposição em continuar as negociações, buscando uma combinação de negócios mais robusta entre as duas operações. No entanto, a holding admitiu que não houve progresso significativo nas tratativas e que as discussões para uma possível fusão estavam sendo encerradas. Essa situação reflete a complexidade do setor aéreo brasileiro, onde a viabilidade de parcerias frequentemente esbarra em questões regulatórias e de mercado.

As reações a essa decisão devem ser acompanhadas de perto, pois a rescisão deste acordo pode implicar em mudanças significativas na geometria competitiva das companhias aéreas em atuação no Brasil. O futuro da conectividade aérea e as estratégias de expansão das duas empresas agora estarão na berlinda, uma vez que o alinhamento de forças no setor é crucial para o crescimento em um cenário econômico desafiador. Portanto, os próximos passos e novas articulações entre as demais operadoras poderão configurar um novo panorama no cenário da aviação comercial brasileira.

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