Durante a entrevista à Agência Brasil, Alckmin destacou a importância da aprovação das propostas pelo Congresso, ressaltando que, embora nem todas as medidas tenham sido aprovadas da forma como o governo propôs, a parte mais relevante para evitar o déficit foi aprovada. Com a eliminação do déficit, a expectativa é que os juros sejam menores e haja um maior crescimento econômico.
Após uma extensa série de votações na semana passada, que incluiu um pacote de três medidas legislativas, como um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição, a estimativa de economia de gastos foi reduzida em R$ 2,1 bilhões de acordo com cálculos do Ministério da Fazenda. Isso se deve às alterações feitas pelos parlamentares, que limitaram o alcance de algumas medidas, fazendo com que a economia prevista fosse de R$ 69,8 bilhões no período de 2025 e 2026, em vez dos R$ 71,9 bilhões inicialmente previstos.
Alckmin também comentou sobre a situação da inflação no país, que está sendo influenciada, principalmente, pelo aumento nos preços dos alimentos devido à seca na última safra. Ele criticou a elevação da taxa básica de juros como forma de combater a inflação causada por fatores climáticos, e comparou a postura do Banco Central do Brasil com a do Federal Reserve dos Estados Unidos.
Alckmin ainda abordou a expectativa em relação à internalização do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, assinado no início de dezembro após mais de 25 anos de negociação. Segundo ele, o acordo não pode mais ser modificado e agora é necessário avançar na internalização, ressaltando os benefícios do comércio exterior para a geração de empregos e o crescimento das empresas.
Com previsão de crescimento da economia brasileira e da inflação dentro da meta, Alckmin demonstrou otimismo em relação às perspectivas para o próximo ano, destacando a importância das medidas fiscais aprovadas e dos acordos comerciais para impulsionar a recuperação econômica do país.