ECONOMIA – Gastos com reconstrução do Rio Grande do Sul somam R$ 29 bilhões, fora da meta fiscal de 2024, revela Tesouro Nacional.

O Rio Grande do Sul vem se destacando no cenário nacional não apenas pelas belezas naturais e pela cultura gaúcha, mas também pelos esforços de reconstrução após a série de desastres naturais que assolaram o estado nos últimos anos. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, os gastos com a reconstrução gaúcha alcançaram a impressionante marca de R$ 29,016 bilhões, de um total de R$ 40,66 bilhões disponíveis.

É importante ressaltar que, por força de lei, esses gastos ficaram fora da meta fiscal estabelecida, não entrando no cálculo do déficit primário. A maior parte dos recursos foi destinada a créditos extraordinários para obras e ajudas diretas à população, totalizando R$ 21,533 bilhões de um montante disponível de R$ 28,503 bilhões.

Entre os principais investimentos, destacam-se os gastos na capitalização do Fundo de Apoio à Infraestrutura, totalizando R$ 6,5 bilhões, e a destinação de recursos para apoiar micro e pequenas empresas, por meio do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) e do Fundo de Garantia de Operações (FGO), com R$ 6,05 bilhões. Além disso, houve o pagamento de R$ 2,83 bilhões em antecipação de precatórios da Previdência Social para cidadãos do estado.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou o sucesso do programa de ajuda ao Rio Grande do Sul e ressaltou que os indicadores são positivos. Ele afirmou que o processo de recuperação foi intenso e comparável a um pós-guerra, devido à magnitude dos desafios enfrentados. Ceron também mencionou que, mesmo com o fim do decreto de calamidade pública no estado, algumas verbas residuais ainda podem ser pagas em 2025.

É importante ressaltar que, apesar dos gastos significativos com a reconstrução do estado, o déficit primário totalizou R$ 43,006 bilhões em 2024, representando 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, os créditos extraordinários foram excluídos da meta de déficit primário estabelecida, o que permitiu que o resultado primário se mantivesse dentro da margem de tolerância do arcabouço fiscal.

Sair da versão mobile