Essa parceria entre o Instituto Arapyaú e a ONG Tabôa Fortalecimento Comunitário visa a promoção do desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável das pequenas propriedades rurais que se dedicam ao cultivo do cacau. O gerente de bioeconomia do Instituto Arapyaú, Vinicius Ahmar, ressalta que o Kawá terá um impacto positivo não apenas na economia, mas também na vida dos pequenos produtores, que muitas vezes enfrentam dificuldades econômicas e de produtividade.
O Kawá pretende beneficiar inicialmente 1,2 mil agricultores nos estados da Bahia e do Pará, com um investimento inicial de cerca de R$ 30 milhões. O nome Kawá é uma referência à antiga nomenclatura do cacau, conhecido como kakawa nas civilizações pré-colombianas. A iniciativa, que combina recursos concessionais, filantrópicos, públicos e privados, busca promover um modelo de produção sustentável e gerar renda para os pequenos produtores.
Essa iniciativa também conta com a participação de diversas organizações, como a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que demonstrou interesse em comprar o cacau dos agricultores beneficiados. Além disso, o Kawá prevê a possibilidade de comercialização de créditos de carbono de conservação por parte dos produtores, o que incentiva práticas sustentáveis.
A assistência técnica aos agricultores ficará a cargo de entidades especializadas, como o Consórcio Intermunicipal do Mosaico das Apas do Baixo Sul da Bahia (Ciapra) e a Fundação Solidaridad. Com uma metodologia de concessão de crédito simplificada e acessível, o Kawá busca impulsionar a produção de cacau de forma sustentável e inclusiva, promovendo o desenvolvimento econômico e social das comunidades envolvidas.
