ECONOMIA – FGTS Antecipado: Trabalhadores Recebem Quase R$ 13 Bilhões de Lucro em Distribuição Histórica Finalizada nesta Segunda-feira, Beneficiando Cotistas com Saldo Vantajoso.

Os trabalhadores com conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) receberam, nesta segunda-feira, a importante notícia da liberação de quase R$ 13 bilhões referentes à distribuição de lucros do fundo, uma antecipação da prática usual que ocorre em agosto. A Caixa Econômica Federal, instituição responsável pela gestão do FGTS, divulgou que a data foi adiantada para o final de julho com o objetivo de beneficiar os cotistas de maneira mais célere.

O valor a ser distribuído é calculado com base no saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2024. Aqueles que possuem múltiplas contas no FGTS receberão o lucro proporcionalmente a cada saldo, o que garante uma partilha justa entre os cotistas. Essa antecipação foi viabilizada após o Conselho Curador do FGTS ter divulgado, na última sexta-feira, a resolução que aprova o balanço anual do fundo.

O montante total de R$ 12,929 bilhões a ser distribuído representa 95% do lucro gerado pelo FGTS, que atingiu um total de R$ 13,61 bilhões no ano anterior. A divisão é proporcional, o que significa que quanto maior o saldo na conta do FGTS, maior será o valor recebido. Para calcular quanto cada trabalhador irá receber, basta multiplicar o saldo da conta pelo fator 0,02042919. Em termos práticos, isso resulta que, para cada R$ 1.000, o cotista verá um crédito de R$ 20,43 em sua conta. Portanto, um trabalhador com R$ 2.000 receberá cerca de R$ 40,86, enquanto aqueles com R$ 5.000 verão um crédito de R$ 102,15.

Mesmo com a distribuição recente, o rendimento estimado do FGTS para este ano deve atingir 6,05%, um índice que supera a inflação oficial de 4,83% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No entanto, é importante notar que, em comparação com a caderneta de poupança, que rendeu 6,41% no ano anterior devido à taxa Selic alta, o rendimento do FGTS ainda é inferior.

Além disso, a legislação vigente estabelece que o FGTS tem um rendimento padrão de 3% ao ano, mais a taxa referencial (TR). Em 2017, a introdução da distribuição de lucros melhorou a rentabilidade do fundo, já que os valores creditados se somam ao saldo total. Recentemente, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu que o FGTS deve ser corrigido pelo IPCA, uma mudança significativa que poderá afetar as contas no futuro, embora não tenha caráter retroativo. Diante de eventuais discrepâncias entre os rendimentos do fundo e a inflação, o Conselho Curador terá a obrigação de adotar medidas compensatórias para garantir que os trabalhadores estejam amparados.

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