O minério de ferro foi a principal commodity do setor, representando 59,4% do faturamento total e 68,7% das exportações. O faturamento do cobre e do ouro também obteve avanços, com altas de 25,2% e 13,3%, respectivamente, impulsionadas pelo aumento dos preços no mercado internacional. Os estados de Minas Gerais e Pará foram os principais protagonistas desse sucesso, respondendo por 76% do faturamento do setor.
Além disso, o balanço do Ibram apontou um crescimento de 8,6% na arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), totalizando R$ 7,4 bilhões em 2024. A estimativa de investimentos para os próximos anos também subiu para R$ 68,4 bilhões no quadriênio entre 2025 e 2029.
Na balança comercial, o setor mineral apresentou um superávit de R$ 34,95 bilhões, representando 47% do total do país. As exportações tiveram um pequeno salto de 0,9%, enquanto as importações recuaram 23,1%, impactadas pela guerra entre Ucrânia e Rússia em 2022. A expectativa para os próximos anos é de manter o setor aquecido, especialmente com a demanda por minerais críticos associados à transição energética.
Por fim, o Ibram manifestou descontentamento em relação ao Imposto Seletivo, alegando inconstitucionalidade na tributação sobre a exportação de commodities minerais. A entidade espera que o Congresso derrube o veto do presidente Lula e está preparada para tomar medidas judiciais, caso necessário, para proteger os interesses do setor mineral brasileiro. A luta pela manutenção dos resultados positivos de 2024 promete ser intensa e estratégica para garantir o crescimento contínuo do setor.
