De acordo com a CNI, a demanda por bens industrializados permanece elevada, o que se reflete diretamente no faturamento das empresas. No entanto, a entidade alerta para a dificuldade em manter esse ritmo de crescimento, devido à desaceleração da economia causada pelo aumento da taxa de juros.
Outro indicador positivo apontado pela pesquisa foi o crescimento de 1,9% no número de horas trabalhadas na produção em janeiro, revertendo a queda registrada nos dois meses anteriores. Em relação a janeiro de 2024, o aumento acumulado chega a 5,4%.
A utilização da capacidade instalada ficou em 78,2% em janeiro, mantendo-se estável em relação a dezembro, quando considerados os efeitos sazonais. Entretanto, na comparação com janeiro do ano passado, houve uma queda de 0,8 ponto percentual nesse indicador.
Apesar do bom desempenho da indústria, o mercado de trabalho não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento. Em janeiro, o número de postos de trabalho ativos no setor cresceu apenas 0,1%, enquanto a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador industrial apresentaram queda de 0,3% e 0,8%, respectivamente. A expectativa é que a alta do emprego na indústria seja interrompida devido ao aumento dos juros.
A pesquisa Indicadores Industriais, realizada em parceria com as Federações Estaduais das Indústrias desde 1992, monitora mensalmente a evolução da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados representam mais de 90% do produto industrial brasileiro.