ECONOMIA – Famílias paulistanas estão mais dispostas a fazer novas despesas, aponta pesquisa da FecomercioSP com aumento do endividamento em março.

A Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revelou um aumento no volume de famílias endividadas na cidade de São Paulo. De acordo com o estudo, em março deste ano, o percentual de lares com dívidas na capital paulista subiu 1,5 ponto percentual em relação ao mês anterior, alcançando a marca de 69,2%.

A pesquisa apontou que atualmente 2,83 milhões de lares têm alguma dívida ativa na cidade. Além disso, houve um aumento no número de famílias com dívidas atrasadas, passando de 19% em fevereiro para 19,3% em março. No entanto, a FecomercioSP destacou que o número de famílias que não têm condições de pagar as contas vencidas está 8,1% menor desde agosto do ano passado.

Um fator positivo observado pela pesquisa é a estabilidade do endividamento no cartão de crédito, que se mantém em 81,5% dos casos. Isso indica que as famílias paulistanas não estão mais dependentes dessa modalidade para pagar contas. A FecomercioSP também apontou que o percentual do orçamento comprometido com dívidas em março continuou abaixo de 30%, sugerindo uma estabilidade financeira das famílias na cidade.

A entidade ressaltou que os paulistanos estão concentrando o consumo de produtos e serviços que envolvem endividamento a curto e médio prazos, evitando comprometer seus rendimentos por longos períodos. Além disso, o tempo médio de atraso nas dívidas se manteve estável em 63,2 dias, o que favorece um retorno mais rápido ao ambiente de consumo para as famílias.

Por fim, a pesquisa também indicou uma queda na intenção de contrair crédito no sistema financeiro em São Paulo, com apenas 15,5% das pessoas manifestando planos de contratar financiamentos no médio prazo em março. Essa queda na busca por crédito pode estar relacionada à cautela das pessoas diante do cenário de inflação elevada, especialmente no setor de alimentos.

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