ECONOMIA – Exportações do Brasil para a China Crescem 28,6% e Compensam Queda de 25,1% nas Vendas para os Estados Unidos devido a Tarifaço.

Nos últimos meses, o panorama das exportações brasileiras tem passado por transformações notáveis, especialmente no que diz respeito à sua atuação no comércio internacional. A interrupção causada pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos, que se iniciou em agosto e chegou a 50% em alguns produtos, levou a um impacto direto nas vendas brasileiras para aquela nação. Entretanto, a balança comercial brasileira encontrou um alívio significativo no mercado chinês.

Entre agosto e novembro, as exportações para a China experimentaram um crescimento robusto, alcançando um aumento de 28,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, as vendas aos Estados Unidos apresentaram uma queda alarmante de 25,1%. O volume das exportações também seguiu a mesma tendência. Para a China, as quantidades enviadas cresceram 30%, enquanto os embarques destinados aos norte-americanos caíram 23,5%. Essa disparidade entre o valor e o volume das transações está ligada aos preços dos produtos exportados, que apresentaram variações significativas.

Os dados analisados fazem parte do Indicador de Comércio Exterior, que trouxe à tona a importância da China como um parceiro comercial primordial para o Brasil, sendo responsável por cerca de 30% das exportações brasileiras. O relatório ressalta que essa forte conexão comercial ajudou a mitigar os efeitos negativos das tarifas americanas.

Alguns setores específicos foram os mais afetados pela queda das vendas para os Estados Unidos, incluindo a extração de minerais não-metálicos, que viu uma diminuição acentuada de 72,9% nas exportações. A fabricação de bebidas e produtos do fumo seguiram na mesma linha, com quedas superiores a 60%. Por outro lado, as exportações para a China, especialmente de soja, se intensificaram, refletindo um movimento estratégico em resposta às dificuldades enfrentadas com os EUA.

A análise dos dados demonstra que, até novembro deste ano, o total das exportações brasileiras registrou um aumento geral de 4,3% em relação ao ano anterior. No que diz respeito à Argentina, que ocupa a terceira posição entre os parceiros comerciais do Brasil, também houve um crescimento nas vendas de 5% em valor e 7,8% em volume, embora esse aumento não seja suficiente para compensar as perdas com os Estados Unidos.

Esses dados ressaltam a necessidade de uma reflexão sobre a dependência da economia brasileira em relação a mercados específicos e oferecem um vislumbre sobre o potencial de exploração de novos acordos comerciais, especialmente com nações que têm se mostrado receptivas a importações brasileiras.

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