ECONOMIA – Exportações de veículos brasileiros crescem 19,3% em agosto, enquanto produção enfrenta queda na fabricação de caminhões, revela Anfavea em novo balanço.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou na manhã desta terça-feira, 9 de agosto, resultados animadores para o setor automotivo brasileiro. As exportações de veículos atingiram a marca de 57,1 mil unidades no mês passado, representando um expressivo aumento de 19,3% em relação ao mês anterior e de 49,3% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Esse desempenho positivo reflete uma tendência crescente, com um total acumulado de 313,3 mil unidades exportadas de janeiro a agosto, o que significa uma alta de 12,1% em relação aos primeiros oito meses do ano anterior. Igor Calvet, presidente da Anfavea, destacou que o crescimento na produção é atribuído à ampliação da presença das montadoras associadas no mercado externo, reforçando a competitividade da indústria nacional.

No que diz respeito à produção interna, agosto registrou a fabricação de 247 mil autoveículos, uma ligeira alta de 3% em comparação a julho, mas uma queda de 4,8% quando analisado em relação ao mesmo mês de 2022. Ao todo, o ano contabiliza 1,743 milhão de unidades produzidas, apresentando uma variação positiva de 6% em relação ao ano anterior.

Os emplacamentos também tiveram um desempenho significativo, com 225,4 mil veículos registrados em agosto. No acumulado do ano, foram emplacados 1,668 milhão de autoveículos, representando um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. No entanto, a situação não é tão favorável para os modelos nacionais, que perderam espaço no varejo, apresentando uma queda de 9,3%, ao passo que os importados cresceram 17,3%.

Os dados também indicam um aumento nas vendas de modelos eletrificados, que passaram a representar 25% do total de vendas de híbridos e elétricos até agora no ano. Contudo, em meio a esse cenário de crescimento em certas áreas, o segmento de caminhões enfrenta dificuldades. A Anfavea informou que, em agosto, pela primeira vez em 2023, a produção acumulada de caminhões registrou uma leve queda de 1%, indicando uma possível mudança na tendência de crescimento que havia se mantido nos sete meses anteriores.

Este contexto revela um setor em movimento, com desafios e oportunidades, especialmente em um cenário econômico marcado por juros elevados e alta inadimplência, que afetam diretamente a demanda e a produção de caminhões. A evolução dos números aponta para a necessidade de adaptação e inovação contínua por parte das montadoras, visando não apenas o mercado interno, mas também a ampliação de sua presença internacional.

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