ECONOMIA – Exportações de carne bovina brasileira batem recorde em julho, antecipando impactos do tarifaço americano, com China liderando compras e crescimento expressivo em novos mercados.

Em julho, o Brasil vivenciou um marco significativo no setor de exportação de carne bovina, com a concretização de recordes antes da implementação de um aumento nas tarifas nos Estados Unidos. Foram embarcadas 313.682 toneladas de carne bovina, o que equivale a um crescimento considerável de 15,6% em relação a junho e 17,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O valor total das exportações ultrapassou impressionantes US$ 1,67 bilhão, evidenciando a força do Brasil neste segmento.

Os dados foram coletados por instituições relevantes do setor, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa um expressivo 98% das exportações nacionais de carne bovina. A China se destacou como o principal comprador, contabilizando 160,6 mil toneladas, o que corresponde a 51,2% do total exportado, resultando em um montante de US$ 881,9 milhões. Este desempenho representa um crescimento de 18,1% em relação ao mês anterior e 16,7% se comparado a julho de 2024.

Os Estados Unidos ocupam a segunda posição nas importações, com 18,2 mil toneladas, seguidos por México, Rússia e União Europeia, que também demonstraram uma demanda significativa. A maior parte das exportações foi composta pela carne bovina in natura, que respondeu por 88,27% do total, enquanto os miúdos e produtos industrializados também registraram um aumento significativo.

No período acumulado de janeiro a julho de 2023, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, proporcionando receitas que somam US$ 8,9 bilhões. Isso representa um crescimento de 14,1% em volume e 30,2% em valor em relação ao ano anterior. A presença da China se manteve forte, liderando as importações com 801,8 mil toneladas, seguida por outros mercados importantes, como os Estados Unidos e o Chile.

A Abiec também destacou que, apesar da inclusão da carne bovina em uma tarifa de 50% imposta pelo governo americano, as expectativas permanecem otimistas para o segundo semestre. Novas oportunidades de mercado emergente, especialmente em regiões como Oriente Médio e Sudeste Asiático, continuam a mostrar um potencial promissor para o setor. Além disso, o Brasil diversificou suas exportações, alcançando cerca de 160 mercados em todo o mundo, solidificando ainda mais sua posição como o maior exportador de carne bovina global. Esses resultados reforçam a competitividade da carne brasileira e a eficácia da cadeia produtiva em atender a uma variedade de perfis de consumo internacional.

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