Em contrapartida, as importações brasileiras dos Estados Unidos aumentaram em 14,3%, saltando de US$ 3,8 bilhões para US$ 4,35 bilhões no mesmo período. Essa combinação de queda nas exportações e aumento nas importações resultou em um saldo negativo na balança comercial com os EUA de US$ 1,77 bilhão em setembro, sendo este o nono mês consecutivo de déficit com o país e o maior do ano até agora.
No acumulado de 2025, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 29,213 bilhões, uma leve queda de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações, por sua vez, chegaram a US$ 34,315 bilhões, o que representa um incremento de 11,8%. Essa dinâmica levou o déficit comercial com os Estados Unidos a alcançar US$ 5,102 bilhões em 2025, comparado a apenas US$ 1,317 bilhão no ano anterior. Esse desequilíbrio é considerado desfavorável para o Brasil, embora seja benéfico para os Estados Unidos.
Entretanto, a queda nas exportações para o mercado americano não afetou o desempenho geral da balança comercial brasileira. As vendas externas para outros mercados apresentaram um crescimento expressivo, especialmente na Ásia. As exportações para Singapura, por exemplo, aumentaram em 133,1%, alcançando US$ 500 milhões, enquanto para a Índia, a elevação foi de 124,1%, totalizando US$ 400 milhões. Outros países, como Bangladesh e Filipinas, também mostraram crescimento relevante nas compras.
Na América do Sul, as vendas cresceram 29,3%, com a Argentina figurando como destaque, enquanto a União Europeia viu um aumento modesto de 2% nas compras. Em setembro, o total das exportações brasileiras atingiu um recorde de US$ 30,54 bilhões, um crescimento de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, o superávit da balança comercial encolheu em 41,1%, situando-se em US$ 2,99 bilhões, em grande parte devido à aquisição de uma plataforma de petróleo avaliada em US$ 2,4 bilhões, proveniente de Singapura. Este cenário revela uma complexidade nas relações comerciais do Brasil no atual contexto internacional, onde novos mercados estão se tornando cada vez mais relevantes.