Além disso, as previsões para os anos subsequentes também revelam um quadro favorável. Para 2026, a expectativa é que o crescimento do PIB chegue a 1,83%, e para 2027, a 2%. Os dados mais recentes indicam que, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário, a economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, destacando-se um crescimento acumulado de 3,4% para o ano anterior. Este resultado marca o quarto ano consecutivo de expansão, sendo a maior desde 2021, quando a economia cresceu 4,8%.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a principal referência para medir a inflação no Brasil, deve se situar em 5,25% para 2025, uma redução em relação às projeções anteriores de 5,44% e 5,5% feitas em semanas anteriores. As expectativas para 2026 e 2027 apresentam estabilidade, com taxas previstas de 4,5% e 4%, respectivamente. Os dados mais recentes mostram que a inflação acumulada no ano soma 2,75%.
O setor de habitação, com um aumento de preços de 1,19%, configurou-se como um dos principais impulsionadores da inflação, especialmente devido à alta de 3,62% nas tarifas de energia elétrica residencial. Diante desse panorama de inflação e crescimento, o Banco Central busca controlar a inflação utilizando a taxa Selic, atualmente fixada em 14,75% ao ano. Recentemente, o Comitê de Política Monetária decidiu aumentar os juros em 0,5 ponto percentual pela sexta vez, em resposta aos pressões inflacionárias, especialmente nos preços dos alimentos e da energia.
A expectativa é de que a taxa Selic permaneça em 14,75% até o final de 2025, com uma possível redução para 12,5% em 2026 e 10,5% em 2027. Essa estratégia visa conter a demanda e equilibrar a necessidade de crescimento econômico com os desafios inflacionários.
Com relação ao câmbio, estão sendo feitas previsões otimistas para o valor do dólar. Atualmente cotado a R$ 5,51, a expectativa é que a moeda norte-americana feche 2025 a R$ 5,77. Essa projeção representa uma leve queda em comparação às estimativas anteriores. Para os próximos anos, a expectativa é que o dólar continue com o mesmo valor até 2027, sinalizando uma possível estabilização na taxa cambial. O cenário se desenha, portanto, com um misto de otimismo e prudência, à medida que o Brasil navega por um ambiente econômico desafiador.