Durante a sessão, a cotação do dólar oscilou, atingindo até R$ 5,42 antes de um leve retorno no final da negociação, à medida que investidores aproveitaram a oportunidade para adquirir a moeda americana a preços mais acessíveis. No acumulado do mês de junho, o dólar já havia evidenciado uma queda de 4,99%, sendo este o melhor desempenho mensal desde janeiro, quando a divisa havia perdido 5,56%. No primeiro semestre de 2023, a moeda norte-americana apresentou uma desvalorização total de 13,51%.
Paralelamente, o mercado de ações também refletiu um clima de otimismo, com o índice Ibovespa da B3 encerrando o dia em alta de 1,45%, ao alcançar os 138.855 pontos. Além disso, o Ibovespa acumulou um crescimento de 15,44% ao longo do primeiro semestre e um aumento de 1,33% apenas em junho.
Vários fatores externos contribuíram para essa euforia no mercado. A recente decisão do governo canadense de diminuir uma taxação que incidia sobre empresas tecnológicas dos Estados Unidos trouxe um certo alívio aos investidores globais. Isso ocorre em um cenário onde, na semana anterior, o presidente Donald Trump havia ameaçado interromper as negociações comerciais com o Canadá.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em níveis recordes e registraram seu melhor desempenho trimestral em mais de um ano. Adicionalmente, a diminuição das taxas dos títulos do Tesouro americano incentivou a migração de recursos para mercados considerados emergentes, como o brasileiro.
Em território nacional, os dados sobre o mercado de trabalho também trouxeram boas notícias. O Brasil registrou a criação de 148,9 mil postos de trabalho com carteira assinada em maio, um número que surpreendeu positivamente, embora tenha ficado abaixo das expectativas do mercado financeiro. Essa perspectiva potencial de redução nas taxas de juros pelo Banco Central, antecipa um ambiente mais favorável para investimentos na bolsa.
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