Alckmin destacou que, antes da recente mudança, 36% das vendas brasileiras para o mercado norte-americano enfrentavam tarifas adicionais. A redução para 22% é vista como um progresso considerável, indicando uma tendência positiva nas conversas bilaterais. A medida anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, revoga uma tarifa extra de 40% sobre itens em sua maioria agrícolas, como café, carne bovina, banana e chá. Essa isenção é retroativa a 13 de novembro, o que permitirá reembolsos para exportações já realizadas.
Com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para os EUA em 2024, sendo que uma parte significativa ainda enfrenta tarifas. Aproximadamente US$ 8,9 bilhões estão sujeitos à tarifa adicional de 40%, enquanto US$ 6,2 bilhões sofrem uma sobretaxa de 10%. O segmento industrial é o mais impactado, e Alckmin sublinhou a necessidade de o governo prestar mais atenção a esse setor.
As conversas entre as autoridades brasileiras e americanas continuam. Alckmin mencionou que a recente interação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um encontro na Malásia, influenciou as decisões. O governo brasileiro havia submetido uma proposta de acordo comercial aos EUA, mas detalhes da proposta não foram divulgados.
Além disso, Alckmin reafirmou o compromisso em buscar a eliminação de novas tarifas, abordando temas como energias renováveis e regulamentações relacionadas ao setor de tecnologia. Apesar do progresso recente em acordos agrícolas, o governo continua focado na situação complexa dos produtos industriais, que representam um desafio para a diversificação das exportações.
Por fim, Alckmin manifestou otimismo em relação ao futuro das tratativas, apesar de ainda restarem barreiras a serem superadas. A expectativa é que as discussões possam resultar em um panorama comercial mais favorável para o Brasil nos próximos meses.
