ECONOMIA – EUA Poderão Isentar Tarifas de Importação para Café, Manga e Abacaxi, Afirma Secretário de Comércio antes de Novas Taxações Comerciais.

Na última terça-feira, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, abordou um tema crucial em uma entrevista à CNBC: a possibilidade de isenção de tarifas de importação para produtos não cultivados em solo americano, incluindo itens como café, manga e abacaxi. Lutnick mencionou que, caso um país produza bens que não são produzidos internamente, esses produtos poderão entrar nos Estados Unidos sem custos tarifários. Ele destacou que acordos com exportadores de frutas tropicais, como manga e abacaxi, podem viabilizar a isenção, assim como ocorre com recursos naturais como o café e o cacau.

O Brasil se destaca como um dos principais fornecedores de café ao mercado norte-americano, embora Lutnick não tenha especificado quais países estariam potenciais beneficiários dessas isenções. Este anúncio surge em um cenário marcado por tensões comerciais internacionais, onde o prazo final para a imposição de tarifas por parte da administração do presidente Donald Trump está agendado para a próxima sexta-feira, 1º de agosto. Lutnick enfatizou que este prazo não será prorrogado e que as tarifas deverão ser implementadas conforme o cronograma estabelecido.

Até o presente momento, o Brasil enfrentou a aplicação da maior tarifa, que alcança 50% sobre todas as suas exportações para os EUA. Lutnick também esclareceu que, embora as negociações com a China continuem separadas, todos os outros países precisam se alinhar até a data limite para evitar a aplicação de tarifas.

Durante a conversa com a CNBC, Lutnick abordou o dinamismo das negociações comerciais, afirmando que diversos países fizeram propostas para abrir seus mercados. No entanto, o presidente Trump tem optado por recusá-las em busca de condições mais vantajosas, promovendo a ideia de mercados totalmente abertos como um pré-requisito para qualquer acordo.

Esse cenário revela uma estratégia agressiva dos Estados Unidos nas negociações comerciais, onde a administração de Trump está disposta a definir tarifas e pressionar por termos que visem maximizar a vantagem americana nas transações comerciais. Lutnick finalizou afirmando que o futuro econômico dependerá de um alinhamento claro entre os países, com o preço de acesso aos mercados americanos sendo, agora, mais exigente do que nunca.

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