ECONOMIA – EUA Iniciam Investigação sobre Práticas Desleais do Brasil que Afetam o Pix e o Comércio da Rua 25 de Março em São Paulo

O governo dos Estados Unidos anunciou a abertura de uma investigação sobre supostas práticas desleais envolvendo o Brasil, com foco particular no sistema de pagamentos instantâneos conhecido como Pix e na Rua 25 de Março, famosa por ser um dos maiores centros de comércio popular de São Paulo. Essa decisão gerou preocupação e mobilização entre os comerciantes locais.

A União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco25) enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando medidas de defesa da soberania nacional e um apoio mais efetivo do governo frente às críticas e ações que os trabalhadores da região têm enfrentado por parte dos EUA. A investigação estadunidense visa determinar se os procedimentos brasileiros em relação ao comércio digital e aos serviços de pagamento eletrônico afetam negativamente os negócios americanos.

Além disso, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos aponta a Rua 25 de Março como um grande foco de pirataria ao longo das décadas, apesar das diversas operações policiais realizadas na área. O ofício da Univinco25, no entanto, enfatiza a importância desse polo comercial, que movimenta um imenso número de empregos e é fundamental para a economia não só de São Paulo, mas de todo o Brasil e América do Sul.

Cláudia Urias, diretora do conselho executivo da Univinco25, manifestou preocupações sobre a retórica internacional, que pode estigmatizar a movimentação comercial legitima da região, afetando diretamente milhões de trabalhadores. Ela destacou a necessidade de distinguir entre práticas ilegais e o amplo espectro de atividades legais que também ocorrem ali.

Para amanhã, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (Secsp) organizou uma manifestação na Rua 25 de Março, prevista para começar às 10h. O evento contará com a presença de líderes sindicais, trabalhadores, movimentos sociais e representantes do setor comercial, com o intuito de defender os empregos e expressar descontentamento em relação às declarações do governo dos Estados Unidos. Contudo, a Univinco25 não apoiará esse ato, argumentando que ele não contribui para a resolução das dificuldades impostas pela investigação americana e que o foco deve ser na recuperação do comércio após os impactos da pandemia.

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