ECONOMIA – “Estudo propõe tarifa zero no transporte público financiada por empresas, beneficiando milhões e impulsionando a economia sem onerar o governo federal”

Pesquisadores de renomadas instituições acadêmicas brasileiras, incluindo a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de São Paulo (USP), apresentaram um estudo ambicioso que propõe a implementação da tarifa zero no transporte público em todo o país. O objetivo é viabilizar esse modelo através da criação de um fundo financiado pela contribuição de empresas, tanto privadas quanto públicas.

De acordo com a proposta, as empresas com um número mínimo de dez funcionários seriam responsáveis por contribuir com um valor mensal que varia conforme o número de trabalhadores. Um estabelecimento com dez funcionários, por exemplo, pagaria uma quantia que equivale a um, enquanto uma empresa com 20 funcionários arcaria com o valor referente a 11. Com isso, estima-se que aproximadamente 81,5% das empresas estariam isentas de qualquer contribuição.

O estudo sugere que a contribuição mensal de cada funcionário seria de cerca de R$ 255, o que poderia gerar cerca de R$ 80 bilhões por ano. Este montante seria suficiente para cobrir os custos da tarifa zero nas 706 cidades com mais de 50 mil habitantes, onde vivem cerca de 124 milhões de pessoas. Vale ressaltar que atualmente, 137 cidades brasileiras já não cobram pela utilização do transporte público.

Os pesquisadores calcularam que o custo do transporte público no Brasil gira em torno de R$ 65 bilhões anualmente, e a implementação da gratuidade para as cidades mencionadas custaria aproximadamente R$ 78 bilhões por ano. Eles defendem que essa mudança pode ser realizada sem que o governo federal precise destinar recursos ou criar novos impostos, uma vez que as empresas financiariam essa estrutura.

A proposta implica uma mudança no modelo atual de vale-transporte, onde atualmente há um desconto de 6% no salário do trabalhador. Em vez de pagarem a esses trabalhadores, as empresas destinarão seus recursos a um fundo específico. Segundo os pesquisadores, essa mudança não apenas facilitaria o transporte coletivo, mas também estimularia a economia ao liberar dinheiro que atualmente seria gasto com passagens.

Ademais, a pesquisa aborda o impacto positivo que a tarifa zero poderia ter na redução do uso de transporte individual, como motocicletas, que têm mostrado um aumento alarmante nas estatísticas de acidentes de trânsito. A redução de acidentes poderia, em última análise, diminuir consideravelmente os custos públicos com saúde.

Finalmente, o estudo propõe a necessidade de uma campanha de conscientização para sensibilizar a sociedade sobre a importância da tarifa zero, considerando-a uma das maiores iniciativas de distribuição de renda do mundo. Os pesquisadores acreditam que uma política eficaz de transporte coletivo poderia aumentar a qualidade de vida da população, prolongando a vida útil e contribuindo para a geração de mais riqueza no país.

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