As consequências desse desastre natural vão além do impacto financeiro, afetando também a infraestrutura e o abastecimento dos estabelecimentos comerciais. Dados preliminares da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) indicam uma queda de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do estado. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou a gravidade da situação, ressaltando que a reconstrução das vidas afetadas é uma prioridade.
O Rio Grande do Sul é uma das unidades da federação com maior movimentação financeira anual, sendo responsável por uma parcela significativa do comércio varejista brasileiro. No entanto, as perdas provocadas pelas enchentes devem reduzir o volume de vendas e prejudicar a recuperação econômica da região. O economista da CNC, Fabio Bentes, prevê que os impactos se estendam pelo restante do ano, afetando diretamente o desempenho do comércio local.
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta a devastação das enchentes, o restante do Brasil apresentava sinais de recuperação no comércio varejista. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de vendas cresceu 0,9% em abril, marcando o quarto mês consecutivo de avanço. A redução das taxas de juros e a queda na taxa de desocupação contribuem para melhorar o cenário econômico do país, embora a recuperação do varejo esteja condicionada à trajetória dos juros e da inflação.
Diante desse cenário desafiador, a CNC mantém a expectativa de crescimento do volume de vendas em 2,1% para o ano, destacando a importância de medidas para impulsionar a economia e auxiliar na reconstrução das regiões afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
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