ECONOMIA – Em meio a eventos internacionais, Haddad faz apelo para que indústria global busque diversificação, visando economias mais estáveis.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou durante a 15ª Reunião de Cúpula do Brics, ocorrida em Joanesburgo, que o aumento do protecionismo em países desenvolvidos pode servir de estímulo para a diversificação da indústria no mundo. Segundo Haddad, os países em desenvolvimento podem aproveitar este momento da globalização para atrair indústrias que gerem empregos qualificados.

Em seu discurso de abertura, o ministro destacou a importância de diversificar as plantas industriais, oferecendo salários e empregos mais dignos e qualificados para os povos. Ele afirmou que a África e a América do Sul têm potencial para serem plataformas de diversificação das atividades industriais globais.

Haddad ressaltou o papel do Brasil nesse contexto, especialmente no investimento em indústrias relacionadas ao meio ambiente, como a produção de hidrogênio verde e a ampliação do uso do etanol. Ele enfatizou que o país é líder em energia limpa e destacou as ações do ex-presidente Lula e da ministra Marina Silva para reorientar as prioridades em torno da mudança climática.

Além disso, o ministro destacou o papel da agricultura brasileira na produção de fontes de energia limpa, como biomassa e biocombustíveis. Ele afirmou que o Brasil pretende ser fonte de energia limpa tanto para si próprio quanto para o mundo, exportando produtos verdes.

Em relação ao Brics, Haddad afirmou que os países do grupo devem cooperar para promover o multilateralismo e distribuir as oportunidades de forma mais igualitária. Ele defende que os organismos internacionais precisam refletir o novo contexto global, com a emergência de novas potências e o desenvolvimento de países que estão modificando a dinâmica econômica, social e política do planeta.

Durante a reunião, o ministro participou de encontros bilaterais para discutir acordos econômicos e cooperação financeira entre o Brasil e nações africanas. O objetivo é aperfeiçoar as relações econômicas com os membros do Brics e discutir a expansão do Novo Banco de Desenvolvimento, atualmente presidido por Dilma Rousseff.

Em resumo, o ministro da Fazenda ressalta a importância da diversificação da indústria como resposta ao aumento do protecionismo em países desenvolvidos. Ele destaca o potencial do Brasil no investimento em indústrias relacionadas ao meio ambiente e enfatiza o papel da agricultura brasileira na produção de energia limpa. Além disso, o ministro defende a cooperação entre os países do Brics para promover o multilateralismo e distribuir oportunidades de forma mais igualitária.

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