O investimento previsto para a extensão da vida útil de Angra 1 é de R$ 3.2 bilhões, a serem aplicados entre os anos de 2023 e 2027. Esse montante será distribuído em quatro parcelas, sendo aproximadamente R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e R$ 320 milhões em 2027.
O processo de renovação da licença teve início em 2019, quando a Eletronuclear formalizou o pedido. Desde então, a companhia tem se dedicado a atender todas as exigências do órgão regulador e a modernizar a usina por meio de um grupo de trabalho dedicado exclusivamente a esse fim.
Essa renovação representa uma importante etapa nos projetos prioritários da Eletronuclear, que também busca retomar a construção de Angra 3. No entanto, a conclusão dessa meta depende da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, comemorou a decisão favorável, destacando a importância do trabalho técnico realizado nos últimos anos. Ele comparou a situação de Angra 1 com usinas dos Estados Unidos, que já receberam autorização para operar por até 80 anos.
Angra 1 entrou em operação comercial em 1985, utilizando um reator de água pressurizada (PWR) com 640 megawatts de potência. A usina fornece energia suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes e contribui para o sistema elétrico nacional de forma contínua.
Com um fator de carga de 88,24% nos últimos cinco anos, Angra 1 tem operado em sua capacidade máxima, entregando 4,78 milhões de MWh em 2023. Apesar de ter sido adquirida sem transferência de tecnologia, a Eletronuclear adquiriu conhecimento ao longo dos anos que permite a melhoria contínua e a incorporação de avanços tecnológicos na indústria nuclear.
Essa renovação da licença de operação de Angra 1 representa um marco importante para a Eletronuclear e demonstra o compromisso da empresa em garantir a segurança e eficiência de suas operações.