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ECONOMIA – Eletrobras vende participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões e reforça estratégia de otimização de portfólio sob novo controle da Âmbar Energia.

Na última quarta-feira (15), a Eletrobras, maior empresa de geração de energia elétrica do Brasil, confirmou a venda de sua totalidade de participação na Eletronuclear para a Âmbar Energia, uma subsidiária do Grupo J&F, de propriedade dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A transação foi formalizada em um comunicado de fato relevante destinado a investidores, onde a companhia detalhou que a Âmbar desembolsará R$ 535 milhões pela aquisição.

Além do montante, a Âmbar assumirá as garantias que a Eletrobras havia prestado em favor da Eletronuclear, além da integralização de debêntures no valor de R$ 2,4 bilhões, acordadas com o governo federal. Com esta aquisição, a Âmbar Energia passará a controlar 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear, uma movimentação que agora depende da aprovação dos órgãos reguladores competentes.

A Eletronuclear, por sua vez, é responsável pela operação do Complexo Nuclear de Angra dos Reis, que inclui as usinas Angra 1 e Angra 2, somando uma capacidade instalada de 1.990 megawatts (MW). Uma terceira unidade, Angra 3, cuja construção está parada há quatro décadas, é tema de debate no governo sobre se será finalizada ou não. As três usinas têm potencial para abastecer mais de 10 milhões de pessoas.

A Âmbar Energia destaca-se no mercado de geração, distribuição e comercialização de energia, operando um portfólio diversificado que inclui usinas solares, hidrelétricas, plantas de biodiesel, biomassa e gás natural. O presidente da empresa, Marcelo Zanatta, justificou a aquisição afirmando que a energia nuclear oferece estabilidade e baixa emissão de gases do efeito estufa, aspectos cada vez mais relevantes em um cenário de crescente demanda por eletricidade, especialmente impulsionada pela digitalização e inteligência artificial.

Zanatta enfatizou que a transação fortalece a diversidade do portfólio da Âmbar, agregando a energia nuclear às suas operações. Em termos financeiros, a Eletronuclear apresentou um desempenho positivo, com receita líquida de R$ 4,7 bilhões e lucro de R$ 545 milhões no último ano.

Vale lembrar que a Eletrobras, privatizada em 2022, detinha um investimento de R$ 7,8 bilhões na Eletronuclear, segundo seu balanço do segundo trimestre de 2025. O movimento de venda evidencia a estratégia da empresa em otimizar seu portfólio e alocar capital de maneira mais eficiente, alinhado ao seu Plano Estratégico.

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