ECONOMIA – Economistas projetam um aumento na taxa de inflação de 4,84% para 4,9% em 2022, de acordo com análise de mercado.



De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (21), o mercado financeiro revisou para cima a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, para este ano. A estimativa agora é de que o IPCA encerre 2023 em 4,9%, um aumento em relação à projeção anterior de 4,84%.

Para os anos seguintes, as expectativas também foram ajustadas. A previsão para 2024 é de uma inflação de 3,86%, enquanto para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% em ambos os anos.

Vale destacar que a estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, existe uma probabilidade de 61% de que a inflação oficial ultrapasse o teto da meta em 2023.

Já a projeção para 2024 também se encontra acima do centro da meta, que é de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

No mês de julho, o IPCA foi influenciado pelo aumento da gasolina e ficou em 0,12%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa foi superior às observadas nos meses anteriores e no mesmo período do ano passado. Com esse resultado, a inflação oficial acumula uma alta de 2,99% no ano e de 3,99% nos últimos 12 meses, ultrapassando os 3,16% acumulados até junho.

Para tentar alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. Diante da queda expressiva do IPCA, o Copom iniciou neste mês um ciclo de redução da taxa e a expectativa do mercado financeiro é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano, enquanto para os anos de 2025 e 2026, a projeção é de uma Selic de 8,5% ao ano.

É importante ressaltar que a taxa de juros influencia tanto a demanda quanto os preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. No entanto, além da Selic, outros fatores como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas são considerados pelos bancos na hora de definir as taxas cobradas dos consumidores, o que pode dificultar a expansão da economia.

Com relação ao crescimento do PIB, a projeção das instituições financeiras para este ano se mantém em 2,29%. Já para os anos seguintes, as expectativas são de expansão de 1,33% em 2024, 1,9% em 2025 e 2% em 2026.

Quanto ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre 2023 com uma cotação de R$ 4,95, enquanto para o fim de 2024, estima-se que a moeda americana fique em R$ 5,00.

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