ECONOMIA – Economia Brasileira: Projeção de Crescimento Aumenta para 2,4%, mas Inflação Chega a 5%, Indica Boletim Macrofiscal do Ministério da Fazenda.



A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) revisou suas projeções para a economia brasileira, elevando a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% para 2,4% em 2023. Essa revisão foi anunciada no Boletim Macrofiscal, divulgado na última segunda-feira. Em contrapartida, a previsão de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também foi elevada, passando de 4,9% para 5%.

As mudanças nas estimativas refletem um desempenho robusto da agropecuária e um crescimento de 1,6% no PIB no primeiro trimestre do ano, em comparação à previsão anterior de 1,5%. Contudo, o resultado oficial do PIB para o primeiro trimestre será publicado apenas em junho, o que cria uma expectativa sobre o real estado da economia neste início de ano.

Apesar do aumento nas previsões e da expectativa de um primeiro semestre positivo, a SPE alerta que a economia pode desacelerar no segundo semestre. Para o ano de 2026, a projeção de crescimento permanece em 2,5%. Em relação à inflação, os novos números indicam que a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, continua sendo desafiada, visto que a expectativa ultrapassa o teto da meta.

Fatores que influenciaram o aumento nas previsões de inflação incluem variações inesperadas nos índices de março e mudanças nas expectativas para os meses seguintes. De acordo com a análise, espera-se que a redução da inflação comece a ser sentida de forma mais consistente apenas a partir de setembro deste ano.

Além das revisões de crescimento, a SPE também ajustou as expectativas para diferentes setores. O PIB da agropecuária, por exemplo, viu um aumento na projeção de crescimento de 6% para 6,3%, em grande parte devido à perspectiva favorável das safras de soja, milho e arroz. Enquanto isso, a expectativa para o crescimento da indústria se manteve em 2,2%, destacando a resiliência do setor em face das altas taxas de juros. Por sua vez, a projeção para o setor de serviços subiu de 1,9% para 2%.

A SPE também revisou outras estimativas de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que deve encerrar o ano com uma variação de 4,9%, ligeiramente acima da previsão anterior de 4,8%. Em contraste, a expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) diminuiu de 5,8% para 5,6%, refletindo a susceptibilidade do índice às oscilações do dólar.

Os dados do Boletim Macrofiscal são cruciais para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será publicado nos próximos dias e que traz previsões sobre o desempenho orçamentário do governo.

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