ECONOMIA – Economia brasileira: indicadores econômicos positivos e preocupações marcam o fim de 2024, com destaque para o desemprego, inflação, juros, dólar e PIB.

O ano de 2024 está se encerrando com uma mistura de indicadores econômicos positivos e preocupantes para a economia brasileira. Com a proximidade do fim do ano, a última segunda-feira (30) trouxe consigo a divulgação de diversos dados que refletem a situação econômica do país.

Um dos aspectos positivos destacados foi a queda na taxa de desemprego, que atingiu o menor índice da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Em novembro, a taxa de desocupação fechou em 6,1%, o que representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego. Além disso, o número de pessoas ocupadas atingiu um recorde de 103,9 milhões, com 39,1 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada.

No entanto, a informalidade ainda é um desafio, com 38,7% da população ocupada trabalhando de forma informal. Apesar disso, a renda média dos trabalhadores teve um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior, alcançando o valor de R$ 3.285, e a massa de rendimento atingiu o recorde de R$ 332,7 bilhões.

Por outro lado, a inflação se mostra como um dos pontos de preocupação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando 4,87% nos 12 meses até novembro, acima da meta do governo. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o ano em 6,54%, refletindo um cenário bem diferente de 2023, quando houve deflação.

A alta da inflação levou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano. Essa medida visa controlar a inflação, mas também pode impactar negativamente a atividade econômica e a criação de empregos.

Em relação ao câmbio, o dólar fechou o ano cotado a R$ 6,18, representando uma desvalorização do real de aproximadamente 27% em relação ao ano anterior. Essa oscilação tem impactos diretos na economia, como pressão inflacionária e aumento nos custos de produtos importados.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, impulsionado pela indústria e pelo setor de serviços. No entanto, as preocupações em relação aos níveis de investimento permanecem, e o resultado final do PIB de 2024 só será conhecido em março de 2025.

Diante desse cenário econômico misto, o Brasil se prepara para enfrentar desafios e oportunidades no próximo ano, buscando equilibrar as variáveis econômicas para garantir um desenvolvimento sustentável.

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