ECONOMIA – Dólar volta a subir e fecha acima de R$ 5,90, enquanto Bolsa de Valores atinge menor nível em um mês

Em um cenário marcado por instabilidade e tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, o mercado financeiro brasileiro enfrentou mais um dia turbulento. O dólar encerrou a segunda-feira acima de R$ 5,90, atingindo o maior valor desde fevereiro, após as novas ameaças do presidente Donald Trump ao país asiático.

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,911, com alta de R$ 0,075 (+1,29%). Durante a manhã, houve uma breve queda na cotação da moeda devido à circulação de uma notícia falsa que indicava a suspensão temporária das tarifas comerciais pelos EUA. No entanto, a Casa Branca prontamente desmentiu a informação, levando o dólar a subir novamente.

Os mercados de ações também apresentaram desempenho negativo, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 125.588 pontos e registrando queda de 1,31%. A bolsa brasileira atingiu o menor nível em quase um mês, refletindo a instabilidade global gerada pelas medidas anunciadas por Trump.

A influência das tensões comerciais entre EUA e China também foi sentida nos mercados internacionais. Na Ásia, as bolsas de Hong Kong e Tóquio tiveram quedas expressivas de 13,22% e 7,83%, respectivamente. Na Europa, as bolsas de Frankfurt e Londres também recuaram significativamente, com perdas de 4,13% e 4,38%.

A volatilidade do mercado financeiro reflete a incerteza dos investidores em relação aos desdobramentos das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. O anúncio de Trump de uma possível tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não reaja à sobretaxação de 34% gerou apreensão e impactou negativamente os índices globais.

Diante desse cenário de incertezas, os investidores permanecem cautelosos e atentos às próximas movimentações dos governos envolvidos, buscando sinais de possíveis acordos comerciais que possam acalmar o mercado e reverter a tendência de queda nas bolsas e de alta no dólar.

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