O dólar comercial fechou esta sexta-feira sendo vendido a R$ 5,705, registrando uma alta de 0,74%. O dia foi marcado por momentos de instabilidade, com a moeda operando próxima da estabilidade pela manhã e disparando durante a tarde, especialmente após a divulgação de uma pesquisa que indicava um empate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump. No auge do dia, a cotação chegou a R$ 5,71.
Esse é o maior valor da moeda norte-americana desde o início de agosto, refletindo um acumulado de alta de 4,74% somente em outubro e um impressionante aumento de 17,56% ao longo deste ano.
No mercado de ações, o dia foi marcado por volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.893 pontos, com uma queda de 0,13%. O desempenho da bolsa foi influenciado principalmente pelo comportamento das ações das petroleiras, estimuladas pela recuperação do preço do petróleo no mercado internacional, e pelas ações da mineradora Vale, que subiram 3,4% após a divulgação de resultados do terceiro trimestre e do acordo para compensar as vítimas do desastre de Mariana.
A sexta-feira foi marcada pela ausência de notícias relevantes no mercado interno, mas dois fatores contribuíram para a pressão sobre o dólar. O empate nas pesquisas entre Harris e Trump, a poucos dias das eleições presidenciais americanas, gerou receios de uma possível escalada nas tarifas comerciais caso o candidato republicano vença. Além disso, dados econômicos mostrando o aquecimento da economia dos EUA levantaram a possibilidade do Fed atrasar a redução dos juros básicos, o que poderia incentivar a migração de capitais para títulos do Tesouro americano.
Em resumo, foi um dia de altos e baixos nos mercados financeiros, com as decisões políticas e econômicas globais influenciando diretamente as cotações do dólar e o desempenho das bolsas de valores.