Apesar da alta verificada nesta sexta-feira, o dólar acumulou uma queda de 0,45% ao longo da semana, marcando o primeiro recuo semanal desde a imposição de tarifas pelo governo Trump. Em um panorama mais amplo, enquanto a divisa apresenta uma valorização de 2,34% em julho, nos últimos meses registrou uma desvalorização de 9,98% em 2025, sinalizando uma volatilidade que tem impactado tanto investidores quanto consumidores.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 também enfrentou um dia desafiador, fechando em 133.524 pontos, uma diminuição de 0,21%. É importante ressaltar que, apesar da queda nesta sexta-feira, o índice teve uma leve alta de 0,11% durante a semana, embora tenha acumulado uma queda maior de 3,84% no mês. Essa instabilidade reflete não apenas o clima de incerteza em relação ao tarifaço, mas também a preocupação com a inflação, conforme revelado pela prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que atingiu 0,33% em julho, em grande parte influenciada pelos custos crescentes de energia elétrica.
A expectativa de um encontro entre a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Trump no próximo domingo (27) gerou um clima de cautela no mercado. Von der Leyen indicou que há cerca de 50% de chances de um acordo, enquanto Trump mencionou a existência de tensões em algumas questões. Essa dinâmica contribui para um ambiente de incertezas, levando os investidores a reconsiderar suas estratégias e, em muitos casos, buscar alternativas de investimento mais tradicionais, como a renda fixa, em um cenário de alta inflação e decisões monetárias indefinidas.