Na última segunda-feira, o dólar comercial foi negociado a R$ 5,584, apresentando uma alta de R$ 0,055, equivalente a 0,99%. Embora tenha iniciado o dia com uma trajetória descendente, a moeda americana reverteu essa tendência logo após a abertura dos mercados estadunidenses. Este valor representa o pico mais alto desde o fim de julho, destacando-se um aumento de 4,67% no mês de dezembro, ao mesmo tempo que revela uma queda acumulada de 9,64% ao longo do ano de 2025.
O índice Ibovespa, referência do mercado de ações na B3, fechou em 158.142 pontos, com uma queda de 0,21%. Esse recuo ocorre após duas semanas de valorização consecutiva e demonstra a incerteza que paira no mercado, mesmo após a recente aprovação do Orçamento de 2026 e o recorde de arrecadação do governo no mês anterior.
Parte da pressão sobre o valor do dólar é atribuída ao aumento das remessas de lucros e dividendos para fora do país, fato que vem se intensificando uma vez que, a partir de 1º de janeiro, essas transações estarão sujeitas a um Imposto de Renda de 10%, bem como a remessas que superarem R$ 50 mil por mês. Como resultado, muitas empresas estão antecipando a mudança, aproveitando a isenção vigente.
Além disso, a alta das taxas de juros futuros está impactando negativamente o mercado de ações, levando investidores a reconsiderar suas posições. A indefinição sobre a redução da Taxa Selic pelo Banco Central, prevista para janeiro ou março, tem gerado um ambiente de cautela, contribuindo para uma migração de investimentos da renda variável para a renda fixa, dado que as expectativas em relação às taxas elevadas aumentam a atratividade dos títulos do governo.
Em suma, o dia foi marcado por uma combinação de fatores que geraram um clima de incerteza, refletindo no câmbio e na bolsa nacional, o que deixa os investidores atentos às movimentações da economia global e às decisões do Banco Central.







