A redução do dólar para o menor nível desde 19 de agosto resultou em uma queda de 3,7% em setembro, porém acumula alta de 11,76% no ano de 2024. Enquanto isso, a bolsa de valores não foi beneficiada com o aumento dos juros no Brasil. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 133.123 pontos, registrando uma queda de 0,47% pelo terceiro dia consecutivo. Apesar do desempenho positivo de ações de petroleiras e mineradoras, as empresas ligadas ao consumo tiveram queda devido à expectativa de um aumento agressivo dos juros pelo Banco Central.
As decisões sobre os juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos foram determinantes para o cenário econômico do dia. Enquanto o Federal Reserve dos EUA surpreendeu ao cortar a taxa em 0,5 ponto percentual, o Copom promoveu a primeira alta de juros em dois anos, elevando a taxa Selic para 10,75% ao ano. A diferença entre os juros brasileiros e norte-americanos favoreceu a queda do dólar, incentivando investidores a aplicar em países com taxas mais altas.
O comunicado considerado agressivo do Copom indicou que o Banco Central pode adotar uma postura mais incisiva nas próximas reuniões, desestimulando investimentos em ações e direcionando os recursos para renda fixa. A expectativa de que as taxas de juros possam aumentar ainda mais nas próximas decisões do Copom foi um dos principais fatores que influenciaram o comportamento do mercado financeiro nesta quarta-feira.