Na sessão desta quinta-feira, o dólar foi negociado a R$ 5,586, apresentando uma desvalorização de R$ 0,059, ou 1,05%, ao longo do dia. A moeda chegou a tocar a mínima de R$ 5,57 por volta das 14h15, indicando um movimento de baixa constante ao longo da jornada de negociação.
Historicamente, esse valor representa a menor cotação do dólar desde 8 de outubro, quando estava cotado a R$ 5,53. Além disso, a divisa acumulou uma queda de 2,36% no mês de junho e um impressionante 9,64% desde o início do ano.
Por outro lado, o clima positivo no câmbio não se refletiu na bolsa de valores brasileira, onde o índice Ibovespa registrou um recuo de 0,57%, fechando aos 136.226 pontos. Este foi o segundo dia consecutivo de baixa, levando o índice ao seu nível mais baixo desde 8 de maio. As ações de bancos, em particular, lideraram a queda, em resposta a um aumento das expectativas de que o Banco Central brasileiro poderia elevar a Taxa Selic em 0,25 ponto percentual neste mês. O crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre alimentou essa especulação, aumentando a ansiedade em relação às futuras decisões de política monetária.
Além disso, a bolsa brasileira viu-se afetada pela deterioração do mercado de ações nos Estados Unidos, especialmente devido a desavenças entre Trump e Elon Musk. As ações da Tesla despencaram 16,42% em um único dia, resultado de tensões crescentes e suas repercussões em todo o setor tecnológico.
A valorização do dólar em relação a outras moedas emergentes também foi influenciada pelo anúncio de que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA cresceu, indicando uma desaceleração econômica. Esse fator aumentou as expectativas de um possível corte de juros na maior economia do mundo, contribuindo para a melhora das moedas de países que exportam commodities para a China.