No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 registrou uma leve alta de 0,17%, fechando aos 134.666 pontos. O destaque foi a recuperação das ações dos bancos, que haviam sofrido uma queda substancial na terça-feira, mas ainda não conseguiram compensar as perdas acumuladas.
Fatores no cenário internacional contribuíram para essa dinâmica. Com o aumento do preço do petróleo, as moedas de países emergentes, incluindo o Brasil, foram beneficiadas. Além disso, novas ações do governo americano sob a liderança de Donald Trump contra membros do Federal Reserve influenciaram as expectativas sobre possíveis cortes na taxa de juros nos Estados Unidos, o que ajudou a limitar a alta do dólar.
No Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, trouxe uma nova perspectiva ao afirmar que os bancos brasileiros poderiam enfrentar sanções se acatassem ordens do governo norte-americano. Essa declaração provocou uma leve oscilação na cotação do dólar, que perdeu força no final da sessão.
Nos dias anteriores, o mercado financeiro havia enfrentado tensões após a decisão do ministro Flávio Dino, a qual condicionou a aplicação de leis estrangeiras à aprovação da justiça brasileira. Embora focada nas mineradoras, essa determinação poderia impactar diretamente os bancos que operam nos EUA, limitando sua capacidade de cumprir sanções norte-americanas.
Essas sanções fazem parte das ações adotadas pelos Estados Unidos visando interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em fase final. Entre as medidas previstas, estão o congelamento de ativos financeiros e a proibição de entrada no país, que já se aplicaram a Moraes e outros ministros do STF.
Após a decisão de Dino, que potencialmente restringe as sanções no Brasil, o mercado reagiu com forte queda na terça-feira. Entretanto, Dino se manifestou, desassociando sua decisão das flutuações nas bolsas e enfatizando que sua atuação não teria o poder de influenciar o mercado a tal ponto.
Com essa intrincada teia de relações e eventos, a movimentação do dólar e das ações brasileiras continua a ser um termômetro da confiança e das expectativas em um ambiente financeiro carregado de incertezas.