Na quarta-feira (11), o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,968, com uma queda de R$ 0,079 (-1,3%). O mercado de câmbio apresentou oscilações ao longo do dia, mantendo-se em torno de R$ 6,01 na maior parte da tarde. No entanto, a cotação despencou após a divulgação de que o presidente Lula passaria por um novo procedimento médico para prevenir novas hemorragias no crânio.
Por volta das 16h35, logo após a notícia, a moeda atingiu a mínima do dia, chegando a R$ 5,95. Essa foi a primeira vez desde 28 de novembro que o dólar fechou abaixo de R$ 6, refletindo a positividade do mercado após a notícia em relação à saúde de Lula.
O mercado de ações também teve um dia de reviravolta, com o índice Ibovespa fechando em 129.593 pontos, registrando uma alta de 1,06%. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que operou em baixa durante a maior parte do dia e só começou a subir após a divulgação do comunicado médico sobre o procedimento do presidente.
Antes das notícias sobre a saúde de Lula, o mercado estava aguardando a decisão do Copom, que surpreendeu ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano. O Copom também sinalizou que pretende manter o ritmo de aumento nas próximas reuniões, prevendo uma Selic de 14,25% ao ano no final do primeiro trimestre de 2025.
A divulgação do comunicado do Copom após o fechamento do mercado financeiro indica que a repercussão da decisão será sentida no dia seguinte. A expectativa é que os juros mais altos possam reduzir a pressão sobre o dólar, incentivando a entrada de capitais estrangeiros em busca de uma maior rentabilidade.
Portanto, a combinação de fatores envolvendo a decisão do Copom, a recuperação da bolsa de valores e a notícia positiva sobre a saúde do presidente contribuíram para um cenário favorável no mercado financeiro nesta quarta-feira.