ECONOMIA – Dólar estável e bolsa em alta após prisão de Bolsonaro e iminente tarifaço sobre produtos brasileiros. Mercado reage a fatores internos e externos.

Após eventos significativos no cenário político e econômico brasileiro, o dólar encerrou a terça-feira (5) de forma estável, enquanto a bolsa de valores registrou sua segunda alta consecutiva, recuperando a marca de 133 mil pontos. Essas movimentações ocorreram em meio à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e às expectativas sobre o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros.

O dólar comercial fechou a sessão cotado a R$ 5,506, apresentando uma leve variação negativa de 0,01%. Após iniciar o dia em alta, alcançando R$ 5,52, a moeda americana reverteu essa trajetória. O comportamento do dólar foi influenciado tanto por fatores externos quanto pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Este cenário se destaca, visto que a moeda norte-americana mantém o menor valor desde 9 de julho, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Ao longo de 2025, o dólar acumulou uma queda considerável de 10,91%.

Enquanto isso, o euro comercial também apresentou estabilidade, finalizando o dia a R$ 6,37, com leve alta de 0,03%.

No que diz respeito ao mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 registrou um fechamento em alta de 0,14%, atingindo 133.151 pontos, impulsionado principalmente por ações de grandes empresas do setor petrolífero e bancário. O índice teve uma valorização de 0,54% apenas em agosto, somando um impressionante ganho de 10,7% no acumulado de 2025.

Diversos fatores influenciaram o comportamento do mercado financeiro. A recente queda do dólar em nível internacional decorre da expectativa de um possível afrouxamento nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que poderá iniciar essa redução em setembro, após a desaceleração do ritmo de criação de empregos no país.

No Brasil, a divulgação da ata da última reunião do Copom contribuiu para a apreciação do real, pois a postura firme do Banco Central, ao sinalizar a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano por um período prolongado, ajudou a atrair investimentos especulativos para o país, fortalecendo a moeda local. Esse fluxo de capital foi suficiente para minimizar os efeitos de possíveis retaliações do governo de Donald Trump em resposta à prisão de Bolsonaro.

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