A cotação da moeda americana, que finalizou o dia a R$ 5,401, registrou um aumento de R$ 0,063, representando uma alta de 1,18%. Durante a sessão, a valorização foi constante, com o dólar atingindo um pico de R$ 5,42 ao meio-dia. Esta recente elevação fez com que o dólar alcançasse seu nível mais elevado desde 17 de outubro e resultou em um acúmulo de 1,97% na semana. No entanto, é importante destacar que, ao longo de 2025, a moeda já acumula uma queda significativa de 12,6%.
As causas desse comportamento do mercado são diversas e incluem dados econômicos recentes dos Estados Unidos. Na quinta-feira, um dia em que o mercado brasileiro estava fechado devido ao feriado do Dia da Consciência Negra, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 119 mil novas vagas de emprego em setembro, número que superou as expectativas dos analistas. Essa melhoria no mercado de trabalho, embora promissora, trouxe incertezas adicionais ao sugerir que o Federal Reserve pode não reduzir a taxa de juros em sua próxima reunião, o que impactou o mercado cambial global.
Além das pressões externas, o cenário político interno também ofereceu um pano de fundo de instabilidade. O clima se acirrou com a indicação do presidente Lula para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, a qual gerou atritos com o Senado. Paradoxalmente, enquanto a retirada de tarifas sobre produtos brasileiros, como carne e café, anunciada pelo governo dos Estados Unidos, poderia animar o mercado exportador, não foi suficiente para debelar a pressão sobre o câmbio.
O dia termina com um panorama confuso para os investidores, que devem observar de perto não apenas as oscilações do mercado internacional, mas também os desdobramentos políticos no país, que podem influenciar significativamente a confiança na economia brasileira.









