O movimento do câmbio foi especialmente acentuado nas duas últimas horas de negociação, quando a moeda disparou, encerrando quase no valor máximo do dia. Apesar dessa alta pontual, a divisa ainda acumula uma queda de 0,91% em novembro e uma considerável desvalorização de 13,74% ao longo deste ano.
Simultaneamente, o índice Ibovespa da B3, principal indicador da bolsa de valores, fechou em 156.993 pontos, apresentando uma queda de 0,47%. Durante o dia, o índice chegou a registrar uma desvalorização de 0,73%, mas conseguiu recuperar parte de suas perdas no final da sessão, embora o sentimento geral tenha sido de baixa.
As flutuações no mercado foram exacerbadas pela falta de notícias relevantes no contexto interno, enquanto os investidores mantinham o foco nas expectativas em relação à economia dos Estados Unidos. A atenção está voltada para a divulgação de dados econômicos significativos após o término do shutdown, que durou cerca de 40 dias e trouxe incertezas ao mercado.
Na próxima quarta-feira, 19 de outubro, o Federal Reserve, o banco central dos EUA, deve divulgar a ata de sua última reunião. E, na quinta-feira, será a vez de serem divulgados os dados sobre o mercado de trabalho americano. Esses documentos são cruciais, pois podem indicar se há possibilidade de cortes nas taxas de juros por parte da entidade em dezembro.
A expectativa por juros mais baixos em economias desenvolvidas frequentemente gera um fluxo de capitais para mercados emergentes, como o brasileiro. Contudo, as incertezas relativas ao apagão de dados agravam a volatilidade do cenário financeiro, criando um ambiente de cautela e expectativa nos mercados.









